quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

eu grito

Porque essas lágrimas sem motivo certo, porque essa tristeza agonizada me perseguindo, ferindo até meus sonhos que despertam pequenos sorrisos pela manhã?

Eu preciso do silêncio do mundo. Esqueça as palavras de conforto, - sinto falta de olhares que não exijam os fonemas, porém que sejam profundamente acolhedores. Que leve minha alma como a natureza leva vidas.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

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Por um momento, por um único momento, eu sinto medo do mundo. Tento todos os dias seguir conselhos alheios, mas comigo não acontece, comigo a vida não funciona como funicona para as personas alheias. Penso.

Vivo pensando em tudo, procurando uma lógica; uma reposta. É, procurar resposta não é inteligente. Mas essa mania de exigir muito do mundo, esperar atitudes das pessoas, corrói com todas minhas expectativas.

Quando eu era menor e ainda usava aqueles cortes de cabelo infantil, e pagava mais barato em tudo, inclusive na passagem de ônibus (vocês não fazem idéia o quanto pra mim era emocionante passar debaixo da catraca), eu acreditava em tudo, inclusive na filosofia de banca, de que o tempo é o dono do mundo, que o tempo é a cura para qualquer mal. Mas vejo claramente o ciclo de esperanças: nascemos com a esperança 100% da vida, e quanto mais vivemos, quanto mais experiência adiquirimos, essa esperança vai decrescendo. Existem aqueles momentos que a esperança dá uma leve estabilizada, e você crê que tudo é possível, inclusive voar (essa é a época das paixões e do descobrimento do amor). Felizes são aqueles que descobrem o amor. Eternamente feliz são aqueles que descobrem o amor próprio.

Mas essa teoria pode ser invenção da minha cabeça. Na verdade acreditar em teorias é uma teoria, e tudo que segue uma teoria é racional demais para mim. Eu tenho esse lado de cair nas épocas racionais, mas no fundo sou totalmente emocional à mim mesmo. Então, se você leu até aqui, esqueça a teoria do cliclo das esperanças. Eu sei que tudo é possível dentro de mim, o foda é querer libertar essas vontades novamente. Não tenho tanta coragem mais de ser Ícaro todo mês e pular da janela do quarto para voar pelo mundo na minha própria liberdade, na liberdade que sempre sonhei.

Liberdade - não é sair tocando o tal do "foda-se", gritando o "caralho à quatro" ao mundo. Liberdade dentro de mim é ser. Só existe uma pessoa para determinar minha liberdade, a liberdade que eu quero, a liberdade que eu desejo a liberdade libertada dos anos de guerra. Liberdade para mim é alegria e felicidade, vontades e desejos.

Liberdade para o Michaelis:

li.ber.da.de
sf (lat libertate) 1 Estado de pessoa livre e isenta de restrição externa ou coação física ou moral. 2 Poder de exercer livremente a sua vontade. 3 Condição de não ser sujeito, como indivíduo ou comunidade, a controle ou arbitrariedades políticas estrangeiras. 4 Condição do ser que não vive em cativeiro. (...)

Se liberdade fosse única, não precisaria de tanta definição, não precisaria de uma linguagem racional para explicá- la. A única liberdade que eu não quero é a que me desejam.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Conversa

(pessoa 1) diz:
*voce precisa estar muito no escuro pra ver a luz, sabe... é até bom a gente passar por momentos assim que a gente toma medidas realmente EFICAZES
(pessoa 2) diz:
*o problema é quando vc se perde na sua própria escuridão.
(pessoa 1) diz:
*mas aí vem os amigos (cof cof)
*e te mostram que a luz tá aí
*hehehe
(pessoa 2) diz:
*"É incrivelmente doloroso ter que ir à guerra sozinho sem saber como que se pega numa arma de fogo"
(pessoa 1) diz:
*você não tá sozinho
(pessoa 2) diz:
*será?
*nenhuma vida é vivida completamente solitária, mas chega uma hora que a solidão te sequestra.
*é tipo a goiabada longe do queijo
*ela é só goibada.
*porém ela sabe ser gostosa
*assim como o queijo por si só
*o problema é ser goiabada ou ser queijo
*e a maior luta: ser queijo com goiabada.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

(...)

Falta- me alguma espécie de sentimento, alguma palheta de cores que ainda não experimentei. Acho que vira e mexe, molha e seca essa terra e essa falta continua sendo minha. Pertence a este corpo que correr pelas ruas negras da cidade famosa.

Paro e olho para o celular - nenhuma tentativa de chamarem minha atenção. Faz tempo que não recebo as ligações com toques especiais. É incrivelmente doloroso ter que ir à guerra sozinho sem saber como que se pega numa arma de fogo.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

-

esta estranheza que me toca,
é de longe,
é de velhos tempos,
não sei como fugir deste sufoco,
- esta faca que me persegue já é cheia de sangue -,
sangue que é meu,
sangue que é de outros.


este sangue sujo escorre sobre toda minha perna.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

esperar água de onde não há rio (...)

duzentos.

pra que essa falsidade toda,
pra que pensar nessa falsidade toda,
se hoje o que eu preciso é de um abraço,
ou nem isso;
um oi sincero,
ou um aperto em minha mão,
clamando - proteção.

pra que tudo isso se você nunca existiu.

sábado, 2 de janeiro de 2010

primeiro. (quase 200)

como se uma bela dose de café fosse adiantar; como se a cafeína fosse remédio para as dores amadurecidas.. pobre rapaz que acredita em tudo que ouve, eu tentei avisá-lo pra não ouvir só o que quer e para não alimentar qualquer vontade ímpar.

.

E se fosse o dono do mundo, ele se esconderia.