sábado, 28 de fevereiro de 2009

onze de vinte e oito.

Pensei e me recordei daquela noite. A noite das danças e premiações. Eu fiquei em frente a uma tela de computador toda digitalizada, pensando se era amor ou pudor.
Parei algumas semanas para raciocinar, nem sei se a razão predominou muito sobre meu corpo - mas sim sobre minha alma.
Libertar- me e criar uma revolução não é fácil. Não que eu seja destes ativistas, revolucionários que imagina que vai mudar o mundo. Ou seja.
Sentir a natureza entrar no meu solo, limpa, pura e inocente. Pela primeira vez amei viver, e assim estar vivo. A morte é triste demais, porém necessária.
Não quero mudar o mundo. Quero modificar- me.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

já perdi a noção de dias e horas.

pensei nesta madrugada nas duvidas,
nas dúvidas que são cruéis,
pensei com a música,
também com as luzes e com as fantasias,
pensei no psicodélico,
e no não- psicodélico,
pensei nas razões, e todo o
sentimentalismo que foi embora antes de anoitecer.

a minha felicidade é poder acordar no dia seguinte,
sabendo que poderei repetir tudo
ainda nessa noite,
encontrar e desencontrar minha alma,
e quem sabe, até pedir um copo de café
para o sujeito mais desconhecido.

sábado, 21 de fevereiro de 2009

sete.

.. fico pensando no poder, na simplicidade, na inutilidade divina, nas inumanidades, mas deixo de pensar por algum tempo - silêncio me faz bem - é isso eu nem preciso resaltar muito. Me desprender de meu corpo as nove horas da manhã á maravilhoso, é como utilizar a natureza, utilizando apenas o própio corpo - deixei de existir.
Duas horas e meia para um prazer de milésimos de segundos, um prazer num tempo material tão curto, mas num prazer espiritual maior ainda, onde o limite não era o início, era o meio, o meio mais vulgar possível, me desprendi, fiquei nú de palavras, fiquei nú de amores e de paixão, meus sentimentos foram viajar.
Quero novamente, quero duas doses, três ou quatro, não quero nunca mais esquecer, quero sempre morrer e viver.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

#23:42,

Morrer por um trem é triste, triste e lamentável demais, - é como morrer pelo conhecimento humano. Chega a ser inumano.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

História de um MUNDY

desde o primeiro momento,
que te vi, no meio da multidão paulsitana,
me encantou,
no metrô, me trouxe sensações,
de sustentabilidade,
fiquei bem, e me acalmou em
um dos dias mais tensos de minha vida.

depois você sumiu,
pensei que havia morrido,
pensei em matá- lo,
mas não,
eu aguardava no silêncio sua ressureição.

algumas horas antes destas palavras, te vi,
aliás, eu já estava te esperando,
me fez um bem no dia de hoje,
mas parecia que você estava na distância,
numa outra estância,
mas por um momento, você me olhou,
e me alegrou com um MUNDY.

um chocolate tão mínimo,
um chocolate de amor, paz,
saúde e bem estar,
como quero agradecê- lo,
e lhe contar tudo que penso de você,
como quero lhe contar
da vida que queria te levar,
e de que um mundy, você ganhou um mundo.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Centenário de Carmen.

é, mais uma centenária,
depois de tantos centenários, até ficou comum,
carmen, e seus cem.
Não vou dizer que conheço tanto,
não vou admitir que não conheço,
pelo menos seu tico- tico no fubá,
e o que a baiana tem, eu já sei,
figura que se perdeu,
que teve sua retomada,
que sorriu,
e encantou, não só a américa,
como o mundo,
que levou o nome de uma nação perdida,
e sem valor,
que hoje só pensam que foi só uma mulher
com uma salada de fruta à cabeça.
Comemorar um centenário não basta,
viver um centenário é suficiente.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

dois pontos.

dessa vez não me perdi,
estou intacto, o sal já saiu de meu corpo,
já não faço parte desta massa,
hoje acordo pensando nas coisas boas de meu dia,
na parte da manhã, e no meu final de noite,
pensando no momento de respiração,
e no momento de falta de respiração,
queria uma casa pra morar, e guardar todos meu amores,
seja meu cds, meu curso, minha vida,
procurar um sentido óbvio para o amor,
para o amar, e para a morte,
e ainda mais, para a vida, porque sem a morte não
existiria minha vida,
foi necessário morrer, pra me enxergar de longe,
e sentir de perto,
e perder a maioria dos ônibus, por esquecer dos sinais,
aprender não é suficiente,
aliás aprender é ser hipócrita demais, nunca niguém aprende,
apenas erramos de formas diferentes,
não direi que nunca errei, e que nunca vou errar,
nunca,
eu errei, quero errar, e não estou afim de aprender,
minha valsa fúnebre é apenas um grito de esquecimento,
hoje quero ver o que o vj tem pra esta noite, e
aproveitar um embalo de sábado a noite.