segunda-feira, 23 de novembro de 2009

19:29 - de hoje.

O meu peito estala uma felicidade que não era minha, uma felicidade que veio de fora para dentro, que bateu no meu tecido mais leve e sensível e saiu pelos meus olhos, que hoje enxergam o que não podia se enxergar em tempos primórdios. Não posso mais falar em loucura. Loucura é só uma palavra para disfarçar meus piores sentimentos, ou não.

Acordei esta manhã com um sorriso que batia na janela de meu quarto, iluminando o que eu chamo de visão cento e oitenta graus.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

novembro sempre chega.

era somente uma dor, não- classificável,
uma dor sem nome, uma dor sem intensidade,
apenas uma dor que chegava e que nunca saia.

ele sentia o peito fulminante,
não sabia explicar aos demais seus sentimentos noturnos,
ao lado da fênix ele só sabia chorar.

choro de desespero no primeiro momento,
no segundo, choro de raiva,
choro de não sentimento no próximo,
e encerrava o bloco com lágrimas de dor.

e quando sentia novamente aquela sensação imprópria,
não havia mais choro em sua face,
suas lágrimas secaram pela primeira vez:
tudo que ele tinha a chorar, sua vida já roubara.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

já não sei o que pensar; não sei se quero pensar; só quero acreditar que o meu impossível particular é possivel.

Será a loucura voltando a seu estado culminante?

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

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e ele desparou estranhamente ao te ver passar; te reconhecer no meio da multidão ausente foi estranho. Ao falar com você, toda aquela estranheza humana foi superada, você não me abalou tanto quanto às suas costas.


você já não encontra- se mais em minha retina, fazendo minha mente articular.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

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apaguei sutilmente de minha terra
toda aquela gente de berros e gritos,
os sem- alma, sem- dor,
seres nativos de tecnologia,
seres de uma terra sem solo.

não creio na fome de educação, nem na sede da vida,
aqui só nasce a desnutrição do ser.

silenciosamente - a falência chega à terra que já não é minha.

domingo, 8 de novembro de 2009

daquilo que (não) se vê

é tarde de outono e elas caem,
caem do alto, do ponto máximo daquilo que se diz natural.
outras coisas costumam cair,
e no chão permanecem até o próximo sopro.

o vento é o carrasco de meus sentimentos,
ele deixa bambo, confuso, enlouquece- os,
joga à terra e varre de meu caminho.

até o próximo vendaval.

domingo, 1 de novembro de 2009

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mas logo, no instante seguinte, bate uma recordação das felicidades que alcancei durante os últimos sete dias. Felicidades sem probabilidade de desapontamento.

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Algum sofrimento chega de manhã e permanece até o anoitecer.