quarta-feira, 29 de outubro de 2008

@de cão sem dono

Preciso de um coração que bata descompassado sem ritmo e sem melodia. Não quero a batida perfeita. Quero o descompasso. Me dê uma pista, uma lágrima, mas me dê algo.

#264 21:22 (Física) olho o relógio.

O tempo é destino, é consequência,
o tempo faz lembranças, produz discórdia,
resolve turbulências, o tempo tudo apaga,
o tempo tudo cria,
o tempo arrepende, o tempo não segue,
o tempo não me segue. Tempo é folha,
fotos, garrafas, boatos, lágrimas, angústias, solidão, é
companherismo, amor, compaixão, egoísmo. Tempo é
cartas, canções, brigas, é água, é bala,
o tempo me custa, o tempo é o trem, o metrô, até ônibus,
o tempo é arte. O tempo é apreciado, é visto, é
odiado, é contemplado, o tempo ainda me segue,
me cansa, me levanta (ando de lá pra cá), e
o tempo não pára, é não pára, nunca parou nem pra ver
garotas passarem, meninos cantarem, ou mesmo brigas acontecerem, o tempo
é incerto, renovado, o "tempo" é clichê.
Esse tempo não compreende, não dura, não chateia.

É, o tempo foi feito para passar.

domingo, 26 de outubro de 2008

segue

Ela nunca entendera o que significava a morte, que a morte vinah como aviso, como aprendizado, que a morte era um momento único, e para poucos, um sentimento ímpar.
Silêncio.
Ela morre e não consegue identificar, mas essa chance Deus lhe dá muitas vezes, não é vago, ela era ignorante demais para perceber, ou era inteligente que até sabai se fazer de burra, seus sentimentos eram capazes de conquistar até uma pedra, de conquistar qualquer um que tenha a coragem de se afundar em seu olhar misericordioso, ela sabia de tudo isso, mas nunca soube do poder que tem em suas mãos, aliás, todos nós, não sabemos do que somos capazes, às vezes acredita em si mesmo é tão fácil, pra ela não, ela sempre achou que um dia poderia tudo, mas nunca acreditou em sim mesma, faltou- lhe amor a seus pés, compaixão a seus seios, esperança em sua boca, ela era mesmo muito inocente para morrer e conversar com Deus.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Amor é estranho
amor é difícil, é
para todos, é solúvel,
é intragável.

Amor é difícil de sentir,
é difícil ver,
ou mesmoescrever,
pode se escrever com A de alugado,
com E de egoísta,
ou mesmo O de odiado,
P de perseguido,
ou até com I de intocável.

É escrevê- lo realmente é difícil,
o simples mesmo é fechar os olhos,
e dividir suas idéias com o amor.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

quatro horas,

estavam os dois sentados, conversando o dia todo, conversas privadas, conversas diferentes, e o assunto não mudava, era como dois pra lá, e dois pra cá, riam, se frustavam, resolveram andar quase no fim do dia, acharam lugar legal, tomaram café, conversaram, filosofaram, foram deitar, é eles estavam necessitando de paz, conversaram mais ainda, mas dessa vez de olhos fechados, sem pensar muito nas consquências, vieram as teses, vieram as besteiras, veio a falta de assunto, e como outra consequência o silêncio, aquele dia parecia dia de casal, apesar de serem nada a mais que apenas confidentes, confidentes de paixão, confidentes de complicações, de teses, de raivas e de ódios, e agora cada um segue seu lado, pensando nas consequências.

domingo, 19 de outubro de 2008

#262 19:52 (Química), sem sair da cabeça.

Sorrisos de uma noite que virá,
sorrisos de outra noite que já se foi,
sorrisos que não esqueço, nuunca esqueci,
tudo começou em junho,
conversas, café, animação, alegrias, sorrisos, e enfim paixão.
Sorrisos que daqui alguns dias voltarão,
sorrisos que não vão mais viver na solidão,
sua alma é minha alma, minha alma é tua,
não vou mais te deixar no frio,
não te esquecerei mais no rio, nos bares.
Aquilo que era paixão, alegria, satisfação,
hoje é felicidade, certeza, amor,
quero suas roupas, quero seu cabelo, quero seu calor, suas veias,
quero estar, ficar, amar,
quero sentir saudade, quero matá-las,
quero te segurar, quero te soltar,
e depois de mais de um ano de textos e canções,
hoje você se torna enciclopédia de uma vida privada, vida pública,
hoje já é outubro, e não quero pensar no novembro, nem no dezembro,
quero viver esta primavera como nunca quis um inverno.

sábado, 18 de outubro de 2008

minha palavra é constituida por sons,
por imagens, por raivas,
minha roupa é constituida de selos,
de rasgos, de sentimento,
sua vida é feita por minhas palavras,
por minhas roupas,
falta individualismo, eu procurei o meu,
você imitou o seu,
não seria plágio, seria falta de você,
seria falta de enxergar, seria falta de escutar,
e você ainda segue as tendências de tomar o café da moda,
o sorvete da estação, e ler o livro da semana.
Esquece.
Você só compra status, mas compra demais,
eu comprei o que deu, e o resto eu inventei,
pra quem sabe, você se perder em mim.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Selo.


opa, olha só, ganhei um selo da Alequim (http://arlequim-incognita.blogspot.com/) obrigado por gostar mesmo do que escrevo. É até engraçado, a auto-estima sobe (?), mas se ela indicou no blog, ela pelo menos lê o meu blog, e isso me deixa contente. :)
e como a regra diz de indicar algns blogs, vou por só alguns que gosto (não que eu não leia outros).

- http://brunaboo.blogspot.com/
- http://www.oinfernosoueu.blogspot.com/
- http://otipodecoisa.blogspot.com/

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

deitado, já passou de meia noite,
me diz, em qual rua, esquina você se encontra,
com quem, fazendo o quê, bebendo e respirando o quê.
as vezes penso que é melhor nem saber,
não te entender, me esconder, nem me
enteder consigo,
seria demais pensar o porquê das cores,
o porque das orquídeas,
se estou cantando, ou se estou dançando,
ah essas perguntas são clichê demais pra mim,
clichê demais pra você,
quero me perguntar mesmo o que você quer,
se você quer coca ou suco, se quer
contar, ou calcular,
se quer viajar ou parar,
se quer falar ou se quer silêncio,
porque o que eu quero, já foi decidido.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

#60, post.

todas as almas hoje almoçam,
comida de ontem, de hoje de amanhã,
vem batata recheada, sai strogonoff,
meu estômago já está embrulhado, e
essas almas ainda insistem,
nem cabe nada, aliás, nem sei porque elas comem,
elas vivem de sentimentos, de emoções,
são ridículas e futéis, assim como eu,
elas se dirigem ao centro, contam da vida daquelas que fazem regime,
parece comigo,
elas só querem se divertir,
parece comigo,
estas almas hoje se alegram,
perderam a razão,
desfrutram do consumismo, foram pecadoras,
suas angústias só vão ser maiores,
mas até ai, quem nunca teve uma angústia dentro de si,
quem nunca procurou resposta, ou perguntas,
estas almas são apenas reflexo da sociedade meu caro,
elas se apresentaram, fofocaram, comeram,
assim como vocês fazem todos os dias,
estranho? Não, comum,
mas são almas,
mas quem disse que as almas não pecam?
Quem disse que uma alma não pode ser ateu?
Que mergulha na lama, confundindo as letras,
mas se realmente for ateu, então não pecam,
apenas desfrutam com outros olhos.

domingo, 12 de outubro de 2008

#158 sentado.

e todas as complicações novas, e as antigas, se tornam uma só na sua presença, elas pensam, elas gritam, elas conversam, elas me aconselham no calar da noite, elas estão vivas, elas tem vida, ou foi a minha pessoa que deu este poder? Seria inevitável no estado que estou não pensar em tudo isso, seria inevitável ficar aqui parado, deitado, não pensar em tudo, não ter medo, não ter coragem, não ter vontade. Seriia inevitável ficar aqui e não morrer para conversar com Deus.

sábado, 11 de outubro de 2008

esta noite é forte demais,
todas aquelas bebidas, carvão, é muito,
eu ri tanto, eu chorei tanto, morri uma vez,
esta noite eu quero aproveitar o presente,
mas penso no futuro, penso que hoje
poderia ser diferente,
é, hoje e ontem foi apenas dia com amigos,
mas que nunca esquecerei,
cada riso, cada besteira, cada briza, mesmo
que nem todas são lembradas com facilidade,
esta noite eu só quero relembrar, aproveitar,
e repitir.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

queria ver a noite cinza, o sol azul,
ver o amanhã vermelho,
meus dias da cor magenta,
queria tudo com outros tons,
outras cores, outras caras, outros olhos,
queria sair, e pintar as pessoas, não deixá- las
se influenciar pela cor, pelo tamanho. Queria,
ver todos se entrelaçando e formando uma terra colorida,
uma terra de cores, uma terra de faces,
uma terra onde todos são cores, e as cores são sentimentos,
que formam, transformam, e morrem.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

22:25

são cinco da manhã, ainda estou sóbrio,
resolvo sair, correr, chutar placas,
quem vê pensa que é pura rebeldia,
todos se drogaram esta noite, eu não,
eu bebi, mas não cai,
todos se "emaconharam",
mas pra mim não faz miníma diferença,
eu ouço música, isso me droga,
mas me satisfaz, me soluciona,
me traz problemas,
mas eu gosto.

viro todas esquinas possíveis,
entro num bar azul,
bebo no rosa, a bebida vermelha,
pago a mais, não ligo para o troco,
não ligo em receber,
ouço gritos, saio pra fora,
é um cachorro pedindo por comida,
dei até um x-burguer muito bem passado.

resolvo voltar, as ruas daqui são paradas,
e isso me fez parar,
mas só por esta noite,
eu ainda vou procurar o que fazer,
assim que acordar após as três,
depois que beber, ler, e ouvir.

sábado, 4 de outubro de 2008

#264 dentro de uma sala cheia.

Beleza é paga, é vista,
eu sou cego, eu sou pobre,
o meu corpo é material,
o teu é casual.

Você que já se vendeu,
que comprou,
que bebeu muito mais que duas cachaças,
e chega as 7:00 achando que ainda é cedo.

Cante pelo menos três canções,
te libero depois,
sua voz é brisa, é calor,
mas não força, dai estraga.

Não fique mudo esta noite,
eu me importo com sua voz,
eu sou plágio, não cópia,
é, eu sei quem sou.

Eu sei falar de mim,
mas você me entende,
meus pais não acrdeitam em mim,
e você sempre acreditou,
cante mais aquela canção,
que você fala de amor, de amizade, de necessidade,
de mim.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

#261 - 19:41 (inglês)

Sacada, varanda, vilarejo, casas, vilas,
cigarros, fumaças, bebida, o despertar,
tudo se unificando na velocidade da motocicleta,
tudo se completando como tinta, tela, e imaginação,
cigarro não é inspiração, noite de solidão também não,
mortes não te inspiram, sombras só remetem lembranças,
festas te lembram orgia, orgia te lembra passado,
o passado te lembra arrependimento,
e o arrependimento, eu te faço esquecer.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

é quase meia noite,
e amanhã pode ser rotina,
mas essa noite não é rotina,
nunca pensei nas casas, nas formas, na geometria,
bizarro, seria eu parado onze horas tentando entender,
entender a necessidade de uma casa ficar em pé.