logo vem o prazer.

Ainda era noite, e eu ainda sentia seu cheiro entrelaçado ao meu, misturando as essências e o essencial. Logo também veio as lembranças, a saudade e consequentemente minhas vontades mais secretas, e algumas não tão secretas. Esta noite queria mesmo morrer, pra perguntar a alguém se é real, ou é apenas um novo roteiro de cinema.

despedida.

Olho disfarçadamente procurando meu prazer mais íntimo. Oh meu Deus, como sou estranho e imprevisível. Eu ainda desconheço - desconheço minhas atitudes.
Paro no meio da rua, e espero a bola vermelha ao alto se iluminar, e correr sem sentido e sem volta.

#na aula.

Derramo sua alma oralmente, feito de nojo e amor.

avante.

Deixe o seu sol entrar, abra a janela, corra pro lugar mais alto, e sinta. Você já consegue sentir o sol? Deixa todo seu corpo no canto da sala, deixa apenas sua alma, seus sentimentos, sua vida e sua morte ir ao sol, nada mais é necessário. Pra sentir o sol basta sua essência, e o que é de essencial à você.
O sol é grande demais, o sol é você que liberta, é mais que sua liberdade, que suas expressões, mais que sua idéia, então hoje, só por hoje, sinta você plenamente, e solte seu corpo para o mundo.


(Sim, tô meio brizado hoje).

e eu?

Hoje as luzes do jardim se apagaram,
e toda aquela festa,
bebidas e os comes,
cadê?
eu queria dar a festa,
queria ser o dono, mas
não é pra mim tudo isso.

Da próxima festa, vou
pular, cantar, beber e comer,
nada vai me importar,
vou correr, e conhecer todo território,
marcar com meu suor e meu sangue,
deixar meu perfume acontecer,
e vocês vão ver,
o quanto uma festa pode ser eterna,
e assim as luzes nunca irão apagar.
-

Ouvindo: A visita - Nina Becker

ah, vamos falar de mim.

Veja bem, eu que planejei já tantas coisas pra minha vida. Já sonhei em ser artista de TV, ou mesmo um empresário de sucesso, ou ao menos viajar ao mundo a fora, escrever para o mundo, ou mesmo ficar parado, sonhei em jornalismo, sonhei em ganhar dinheiro fácil. Penso nas coisas tolas do passado, ou nem tão tolas assim, mas é a vida sem sonhos seria um porre, uma droga que não vícia, e sem um bom vício não dá para se viver.
"Sonhar não é poder", passei bom tempo ouvindo isso, "querer não é poder", chega a ser lúdico para o menino da favela acreditar que ele pode dar certo, sem precisar vender crack no morro. E o texto já tá meio "História para o livro, The Secret".
Melhor parar de falar dos sonhos, mas sempre fui de acreditar no lúdico, na arte, e não digo que algo mudou, eu só procurei novos caminhos pra conquistar meus sonhos, ou o que eu diria metas, er, metas não, destinos.

Texto clichê, para uma noite clichê, sábado a noite em casa.

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Sinto vontade de te devorar a todo instante, sem me remediar.

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Eu já nem sei mais pra onde vou, ou mesmo se vou. Minha alma já não se encontra toda comigo, ou nunca esteve onipresente, é acho mais provável a hipótese que nunca tive minha alma completa ao meu corpo. Espero dessa vez não ser só mais um erro, nem mais uma derrota, que torne- se no mínimo um aprendizado ímpar.