segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

#

Por um momento, por um único momento, eu sinto medo do mundo. Tento todos os dias seguir conselhos alheios, mas comigo não acontece, comigo a vida não funciona como funicona para as personas alheias. Penso.

Vivo pensando em tudo, procurando uma lógica; uma reposta. É, procurar resposta não é inteligente. Mas essa mania de exigir muito do mundo, esperar atitudes das pessoas, corrói com todas minhas expectativas.

Quando eu era menor e ainda usava aqueles cortes de cabelo infantil, e pagava mais barato em tudo, inclusive na passagem de ônibus (vocês não fazem idéia o quanto pra mim era emocionante passar debaixo da catraca), eu acreditava em tudo, inclusive na filosofia de banca, de que o tempo é o dono do mundo, que o tempo é a cura para qualquer mal. Mas vejo claramente o ciclo de esperanças: nascemos com a esperança 100% da vida, e quanto mais vivemos, quanto mais experiência adiquirimos, essa esperança vai decrescendo. Existem aqueles momentos que a esperança dá uma leve estabilizada, e você crê que tudo é possível, inclusive voar (essa é a época das paixões e do descobrimento do amor). Felizes são aqueles que descobrem o amor. Eternamente feliz são aqueles que descobrem o amor próprio.

Mas essa teoria pode ser invenção da minha cabeça. Na verdade acreditar em teorias é uma teoria, e tudo que segue uma teoria é racional demais para mim. Eu tenho esse lado de cair nas épocas racionais, mas no fundo sou totalmente emocional à mim mesmo. Então, se você leu até aqui, esqueça a teoria do cliclo das esperanças. Eu sei que tudo é possível dentro de mim, o foda é querer libertar essas vontades novamente. Não tenho tanta coragem mais de ser Ícaro todo mês e pular da janela do quarto para voar pelo mundo na minha própria liberdade, na liberdade que sempre sonhei.

Liberdade - não é sair tocando o tal do "foda-se", gritando o "caralho à quatro" ao mundo. Liberdade dentro de mim é ser. Só existe uma pessoa para determinar minha liberdade, a liberdade que eu quero, a liberdade que eu desejo a liberdade libertada dos anos de guerra. Liberdade para mim é alegria e felicidade, vontades e desejos.

Liberdade para o Michaelis:

li.ber.da.de
sf (lat libertate) 1 Estado de pessoa livre e isenta de restrição externa ou coação física ou moral. 2 Poder de exercer livremente a sua vontade. 3 Condição de não ser sujeito, como indivíduo ou comunidade, a controle ou arbitrariedades políticas estrangeiras. 4 Condição do ser que não vive em cativeiro. (...)

Se liberdade fosse única, não precisaria de tanta definição, não precisaria de uma linguagem racional para explicá- la. A única liberdade que eu não quero é a que me desejam.

Um comentário:

  1. Muito bacana texto, parabéns escreve muito bem!
    Estou te seguindo! Abraços!

    ResponderExcluir