quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

#196

como fogo que não arde;
como agulha que não machuca;
como faca não afiada;
como uma comida insustentável,
e pedra não lapidada
a vida surge e resurge ao tocar dos ventos,
seu tato já não é igual, e,
sua audição se perdeu nos tempos dos conflitos.

quero o samba mais alegre com a melodia mais triste,
quero esquecer os ventos antigos;
nostalgia é para os que não vivem,
lembranças são para os que se perderam no tempo
e - juro, eu não me perdi.
estou mais vivo que os "seres humanos" de Brasília.


alguém gritou que o tempo não pára.
e eu não acreditei nos tempos de filosofia

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